A mão desfolha, e fere feito faca
A fina face da pétala em seu floreio.
Antes viva e radiante, hoje opaca
Áurea luz emanada em desenfreio.
Nada faz a pétala ensimesmada
Notar o tenso jeito de balbuceio
Na mão, outrora, bravia e malvada,
Negando a ela o fim de seu receio.
Aguarda o nascer do Sol, ela fala,
A pétala petulante, sem rodeio.
Assim que a luz sublime, clara,
Aparecer, iluminar-te-ei em cheio.
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