Andei triste por me escapar
de mim mesmo.
Fingi espectros de beleza rara,
a esmo.
Formei das tripas corda de
pular.
Pulei as dores da negação,
de par em par.
Mostrei ao mundo uma sílaba
que não rimava.
Entortei linhas e lembranças
vagas.
Calado estive e os sons eu não
ouvi.
Gritando quieto, olhos de
censura senti.
Desisti. Desisti. Desisti. Desisti.
O certo é correto na autovisão
de si.
Nem só o que é belo merece
um poema.
Versos não botam sorrisos
nos rostos, apenas.
Estrofes condensam
sentimentos presentes,
Esperam em paz pelo escrever
eminente.
Beleza da métrica? O brilho
da rima?
Talvez. Certa, porém, é a incerteza
mínima,
Fazendo o resíduo das letras
rutilar
À luz ressonante sinestésica
capilar.
- Esférica opinião de quem
anda em círculos
Atrás de respostas em
antigos versículos -
Mantive o conceito
previamente cabido,
Enquanto o sereno do tempo fugido
Alçava um voo errante no
espaço
- Vácuo da carne, ausente aos
nacos –
Um lírico corpo repousa em repente
Nas curvas agudas da torpe
serpente.
Pureza é pútrida e a fé sem
sentido.
Pinçar devaneios a rodo é
ofício.
Perfeita é a fase onírica da
vida,
Nela o poeta nasce e perene se firma.
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