Queria ter Luas
Uma só é pouco.
Queria sim duas
No poente. Noutro
Canto do céu, duas
Mais, girando solto.
Brilhantes e cruas
Cruzando o éter pronto
Fazendo à noite suas
Artes lunares. Longos
Clamores de estrelas nuas
Por amantes loucos
Ao ver em cada curva
Do céu, o assombro,
Fitando tantas dúzias
De Luas e prantos
Em gotas pratas puras
Vertendo dos cantos
Dos olhos, sem mistura,
O choro. Reflete tanto
A imagem que perdura
E a miragem do espanto
Ao olhar no céu as Luas
Pranteadas o maluco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário