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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Super Luas

Queria ter Luas
Uma só é pouco.
Queria sim duas
No poente. Noutro
Canto do céu, duas
Mais, girando solto.
Brilhantes e cruas
Cruzando o éter pronto
Fazendo à noite suas
Artes lunares. Longos
Clamores de estrelas nuas
Por amantes loucos
Ao ver em cada curva
Do céu, o assombro,
Fitando tantas dúzias
De Luas e prantos
Em gotas pratas puras
Vertendo dos cantos
Dos olhos, sem mistura,
O choro. Reflete tanto    
A imagem que perdura
E a miragem do espanto 
Ao olhar no céu as Luas
Pranteadas o maluco.

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